Problemas de coluna cervical no cavalo atleta podem estar relacionados a diversos fatores, desde uma má formação cervical (síndrome de Wobbler, ocasionada por questões genéticas ou nutricionais), como problemas relacionados a doma, como um potro de boca sensível com um domador de mão mais forte, pesada e pouco sensível, assim como o uso de rédeas acessórias durante a vida adulta- como rédea fixa, alemã Gogue, com frequência. Estas rédeas devem ser utilizadas no máximo uma vez por semana como forma de correção, jamais como forma de manter o cavalo na posição de “ramene” (pescoço encurvado com flexão da articulação da nuca – occipito-atlanto-axial e engajamento dos posteriores). Esta posição deve ser adquirida com um trabalho muscular adequado, extensão de pescoço ao passo, trote e galope e movimentos laterais. Jamais forçada! 

Outro fator que pode estar envolvido: desde que se iniciou a utilização da transferência de embriões para cavalos de esporte, vemos que potros nascidos em éguas de raças diferentes, com  um tamanho muito menor do que a raça a qual este pertence(cerca de 13% ou mais do tamanho), fará com que o potro com cerca de 60-80 dias já esteja com 60-80% do tamanho da “mãe de criação”, fazendo com que o potroforce em demasiado a rotação, extensão e flexão da cervical, já que mama até 40 vezes por dia em média nos primeiros meses.

Dica: se for ter um potro de uma transferência de embrião, busque ter uma “mãe de barriga” com tamanho compatível com a raça do potro; a sua economia hoje em custo de égua irá se transformar em resultado negativo no futuro, não somente para a sua criação, pois o potro sem problemas irá ser um melhor atleta, enquanto que, tendo problemas, o custo de tratamento, ou em alguns casos, a perda da vida atlética do potro(a), será um valor muito maior!